É difícil conviver no meio de tantas exigências sociais que estão sempre ditando o que temos que ser. “Na adolescência, que é uma fase de procura de identidade e de auto-afirmação perante o grupo, a imaturidade também é um fator de peso. O adolescente se esforça ao máximo para pertencer ao grupo e para isso precisa ser o mais parecido com ele possível. Por isso procura se vestir igual, falar as mesmas gírias e usar o mesmo vocabulário.
Se já é difícil termos firmeza para sermos nós mesmos e mantermos nossa personalidade íntegra na fase adulta, imagine na adolescência! Ser excluído do grupo nessa faixa etária é realmente o fim”, explica a psicóloga Martha.
Veja só as dicas da psicóloga pra não deixar que as ‘exigências’ do seu grupinho não subam à cabeça: “Procuro dizer aos jovens: ‘Ok querer pertencer ao grupo, mas como pode deixar que alguém decida sobre o que é melhor ou não pra você? Pense a respeito. O que você quer para sua vida? Será que o que é bom pro seu amigo(a) é bom pra você? Você quer ser único, não é mesmo? Mas será que fazendo a vontade de seus amigos e seguindo o que a ‘turma’ acha legal você não será mais um na multidão?”.
No entanto, há casos em que realmente é construtivo ouvir a opinião dos amigos. “Acontece de tentar alertar uma amiga que você vê entrando numa furada, mas sem julgar se o cara é o pobre ou se é de um estilo ou de outro”, conta Luiza Valdetaro. Camila dos Anjos, que interpreta a influenciável Roberta, concorda com a colega de cena: “O máximo que um amigo pode fazer é dar um conselho, alertar. Às vezes a pessoa apaixonada não enxerga, mas também se ela não aceitar e não ouvir, a amiga tem que deixar ela quebrar a cara. Ou não”. Mas para distinguir os bons dos maus amigos, o melhor mesmo é ficar sempre ligado! “A dica aqui para o pessoalzinho mais jovem é observar esses amigos na convivência. Há os amigos que só se aproximam quando tem um programa legal e há aqueles que compartilham a vida em todos os momentos, como quando você está triste porque foi mal na prova ou está com algum problema de saúde ou familiar, por exemplo. Nesse amigo dá pra confiar mais”, alerta a psicóloga.
